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Segurança não é opcional: é diferencial competitivo

A segurança é tanto uma barreira defensiva quanto um ativo estratégico, e pode se tornar um verdadeiro diferencial competitivo

Nos últimos meses, o ecossistema financeiro brasileiro, especialmente o segmento de Banking as a Service (BaaS), tem ocupado espaço crescente nas manchetes. E nem sempre os protagonistas das notícias são os fraudadores: muitas vezes, são empresas sérias que acabam expostas por falhas de suas plataformas, lacunas de governança ou decisões estratégicas mal calibradas.

O crescimento acelerado das fintechs democratizou o acesso a serviços financeiros para milhões de brasileiros. Mas também ampliou a superfície de ataque. Novos intermediários, integrações rápidas e cadeias complexas criam brechas que agentes mal-intencionados exploram com agilidade.

Nos casos mais recentes, como o episódio C&M, que comentei recentemente, os prejuízos não se limitaram à ação dos fraudadores. Foram potencializados por terceirizações sem critérios sólidos, ausência de due diligence robusta e práticas de segurança desatualizadas. O resultado é um efeito em cascata: danos reputacionais, perdas financeiras e desconfiança generalizada entre clientes, parceiros e reguladores.

Bruce Schneier, uma das maiores referências globais em cibersegurança, costuma lembrar que “a segurança é um processo, não um produto”. Essa frase se encaixa perfeitamente na realidade do mercado financeiro atual.

Reguladores, empreendedores, desenvolvedores, parceiros e clientes formam um ecossistema vivo, um “mar” que impulsiona a inovação, mas também abriga riscos que nenhuma empresa controla completamente. Ignorar essa dinâmica é um erro recorrente. E acreditar que apenas “cumprir a cartilha” regulatória basta é outro equívoco que pode sair caro.

Empresas que operam nesse ambiente precisam de estratégias defensivas estruturadas, não de medidas pontuais. Isso passa por padrões elevados de compliance e aderência regulatória real, pela atualização constante das tecnologias de proteção de dados e transações, e por uma gestão de risco de terceiros muito mais criteriosa do que a média de mercado.

É fato que toda empresa precisa de parceiros especialistas no tema para dar robustez às suas plataformas. Porém, escolher parceiros não pode ser uma decisão baseada apenas em preço ou velocidade de integração. É essencial avaliar conselhos ativos, auditorias externas, canais de denúncia, ética corporativa e, sobretudo, a maturidade técnica das equipes e a capacidade de integração segura.

A segurança, nesse contexto, não deve ser tratada apenas como uma barreira defensiva. Ela é um ativo estratégico, e pode se tornar um verdadeiro diferencial competitivo. Empresas que a enxergam dessa forma fortalecem sua reputação, conquistam a confiança do mercado e constroem ecossistemas mais sólidos e sustentáveis.

No fim, a pergunta que fica é direta: quais critérios você está usando para definir quem terá acesso aos seus dados e aos dados dos seus clientes?